quarta-feira, 10 de março de 2010

O MENSAGEIRO.

Acabo de assistir ao filme o mensageiro. Confesso que fiquei um pouco receoso antes de assistir a película, pois eu tenho um enorme preconceito a respeito de filmes sobre guerra. Já tive algumas recompensas por deixar de lado essa birra, como por exemplo ‘’Apocalipse Now’’, e acabo de ter outra a alguns minutos atrás.

Diferente de tudo que já vi sobre o tema, o mensageiro se diferencia por ser um filme que fala sobre uma coisa nunca antes explorada, a rotina dos soldados que trabalham na área de notificação a família das vitimas da guerra.

Antes de deixar minhas impressões, vamos a historia do filme.

Will Montgmorey (Ben Foster) é tido como um herói americano. Acabou de voltar da guerra do Iraque antes do final do seu tempo de serviço, pois acabou se ferindo em batalha. Graças a isso terá que exercer seu trabalho ao país, notificando as famílias das vitimas na guerra sobre suas mortes. Para acompanhar o serviço, o seu parceiro Tony Stone (Woody Harrelson) o ajudará mostrando as regras do trabalho e ensinando tudo que ele não deve fazer. Ao longo dos dias, Will perceberá que o trabalho apesar de parecer fácil não é, e que não é nada prazeroso presenciar o sofrimento dos pais que perderam filhos em guerra e mulheres que perderam seus maridos. Uma amizade inesperada acaba surgindo entre ele e Tony, que é o seu superior nessa missão. Em um dos dias de trabalho, os dois vão notificar o falecimento do marido de Olivia Pitterson (Samantha Morton), que inicialmente parece não ter ficado muito abalada com a noticia, despertando assim a curiosidade dos dois soldados. Tony acredita que ela já está com outro homem, e Will acaba por quebrar uma das regras mais importantes do seu trabalho, ele acaba se apaixonado pela viúva do soldado morto.

Um dos grandes méritos do filme é justamente por falar da guerra sem envolver batalhas, sangue, bombas, armas, destruição e violência. O que o filme mostra é outro tipo de destruição, a emocional, que pode ser tão devastadora quanto uma bomba num campo de batalha. Ponto para ele, pois antes de ‘’O Mensageiro’’ tínhamos acesso a algumas pequenas aparições desses soldados que são designados a contar as famílias sobre as mortes dos seus parceiros, porém nunca poderíamos imaginar o quão difícil é a realização desse trabalho. No filme podemos acompanhar o dia a dia dessas pessoas que antes só víamos em pequenas pontas e sem muita importância. O filme conta com atuações de grandes astros do cinema e que mereciam mais destaque. Samantha Morgan está nos presenteando com uma de suas melhores atuações, que apesar de calma, consegue passar a sua dor e o seu receio de forma que só uma atriz competente conseguiria. Sobre Woody Harrelson e Will Montgmorey eu nada tenho a dizer além de que os dois estão perfeitos e ajudam muito para que o filme se mantenha no mesmo nível do inicio ao fim. Interessante também é que o diretor Oren Moverman nos mostra que os danos psicológicos aos soldados não são somente conseqüência da guerra em si, e que aqueles que trabalham notificando a família dos mortos acabam por se envolver emocionalmente, ajudando assim a piorar o seu estado emocional já bagunçado pela guerra.

Resumindo, O mensageiro é um filme que foge dos clichês que rondam os filmes que falam sobre guerra, e que até mesmo as subtramas conseguem se manter longe dos mesmos, fato é, que a personagem de Samantha Morgan não é nenhuma mulher linda, gostosa e sensual, é uma pessoa completamente normal, acima do peso e ainda por cima tomada pelo luto, e isso não impede do soldado se apaixonar por ela.

É um filme que deve ser visto e apreciado, pois é diferente, e em tempos como os de hoje, assistir a algo diferente está cada vez mais difícil.

2 indicações ao Oscar de Melhor ator coadjuvante (Woody Harrelson) e Melhor Roteiro Original

O filme também foi vencedor do Urso de Prata de Melhor Roteiro e Prêmio da Paz em Berlim 2009, além de ser indicado a Melhor Filme.

Download do filme:

http://www.4shared.com/file/192268957/a0b0987c/The_Messenger_2009_DVDScr.html

Trailer - http://www.youtube.com/watch?v=ANET8IG1Jy4

sábado, 6 de março de 2010

Olá galera, amanhã é o Oscar e eu estou aproveitando a cerimônia para postar essa critica sobre THE BLIND SIDE, filme protagonizado por Sandra Bullock. O filme arrecadou mais de 220 milhões só nos EUA e está dando a Sandra sua primeira indicação ao premio.



UM SONHO POSSÍVEL.

A primeira vez que eu vi o trailer desse filme, algo me disse que vinha coisa boa por aí, e esse pressentimento estava certo.

Vamos a historia do filme.

O rapaz Michael Oher (QUINTON AARON) é pobre, sem-teto e vive por conta própria. É admitido em uma escola onde também estudam os filhos de Leigh Anne Tuohy (SANDRA BULLOCK). Após encontrá-lo perambulando pela rua em pleno inverno, vestindo pouca roupa, Leigh Anne se sensibiliza com o rapaz, principalmente por saber que ele é colega de sala de sua filha. Convida-o então para passar a noite em sua casa, mas acaba ao fim, tornando-o parte da sua família, acreditando assim no seu potencial e ajudando-o a descobrir nele o que ele tem de melhor, e como conseqüência se descobrindo da mesma forma.

O filme conduz de forma sensível a entrada de um completo estranho dentro de uma família formada e estruturada e nos mostra que ao darmos amor, recebemos amor, ao darmos carinho, recebemos carinho e quando temos alguém para nos colocar pra frente e acreditar nos nossos sonhos, eles ficam mais perto de se tornarem realidade.

Sandra Bullock está concorrendo ao Oscar de melhor atriz, pois sem sombra de duvidas essa é a sua melhor atuação. Não acho que tenha sido algo espantoso de bom, e acredito inclusive que nessa disputa existem feras muito melhores e mais experientes que ela, como Meryl Streep, mas ainda assim está sendo tida como a preferida para o premio.

É uma historia comovente, ainda mais por ter sido real, mas não é um dramalhão apelativo e nem um filme chato. Consegue se manter agradável do inicio ao fim, com uma direção suave e competente, que faz com que a gente se sinta também parte daquela acolhedora família.

Algumas lições são aprendidas durante a película, uma delas é que por mais descrente que sejamos de alguém, todo mundo tem um talento e as vezes só precisa de alguém para nos apoiar e nos fazer acreditar em nós mesmos. O filme é competente ao tentar mostrar que mesmo quando somos o apoio uma hora, na outra podemos ser a pessoa que está precisando desse apoio, e assim os papeis são invertidos. É interessante também ver como o personagem de QUINTON AARON tem uma natureza extremamente protetora com aqueles que ele ama, e que é a forma dele retribuir toda a bondade que tem recebido de pessoas que trouxeram ele para dentro da sua família, mesmo sem nunca tendo os visto antes. Não é um filme sensacional mais merece ser visto, porque é sim muito bom.

Ao fim, somos presenteados com as pessoas reais que inspiraram a historia do filme, atestando novamente que tudo que acabamos de ver realmente aconteceu, e é bonito ver que existem pessoas que abrem sua vida dessa forma para alguém e não tem como final tristeza e desgraça.

A Sandra Bullock eu digo, continue por esse caminho que você chega lá.

O resto do elenco também está bem, mas nesse filme quem rouba as cenas é a bela Bullock.


CRITICA FEITA POR: MARCOS PAULO BRITO DUARTE

Download para quem quiser assistir ao filme -


sexta-feira, 5 de março de 2010


AS BRUXAS DE SALÉM


Esse filme, definitivamente foi um dos filmes mais escrotos que eu já assisti.

Poucos filmes conseguiram me sugar tanto quanto esse, me fazer sentir tanta raiva, que se eu pudesse entrava na televisão e matava a sangue frio Winona Ryder. Graças a isso, tenho que agradecê-la por ser essa atriz Fenomenal que ela é.

Seus maiores méritos nesse filme são por conseguir fingir ser alguém que nem existiu, mais ainda assim despertar o mais odioso tipo de raiva que um ser - humano pode sentir: A vontade de fazer justiça com as próprias mãos. E pode ter certeza, ao assistir a esse filme, não existe essa pessoa que não se morda de raiva das atitudes odiosas de Abigail (Winona Ryder).

O resto do elenco também não fica para traz. Daniel Day-Lewis como sempre maravilhoso e dispensa comentários. Joan Allen que faz o papel de Elizabeth, a mulher de Daniel Day-Lewis também desempenha muito bem o seu papel.

Vamos a historia do filme.

Winona Ryder interpreta a grande vilã do filme, a dissimulada Abigail Williams. Ela teve um caso com John Proctor (Daniel Day-Lewis) enquanto trabalhava para ele, o problema é que ele é um homem casado e a dispensou.

Desiludida, completamente apaixonada e dominada pelo sentimento de raiva, deseja a todo custo o mal para a esposa de John, Elizabeth.

Em tempos de caça as bruxas e de enforcamento por qualquer ato suspeito de bruxaria, Abigail e algumas amigas são descobertas na floresta praticando simpatia para atrair os homens que desejam. Pressionadas pelo medo de serem mortas, alegam estarem sobre influência de bruxaria e conseguem por meio do cinismo e falsidade, fazer a cabeça das pessoas que moram em Salém, se aproveitando da situação para se vingar de todos que elas não gostam, acusando um a um de ter enfeitiçado ela e as garotas, provocando assim uma histeria completa na cidade.

Abigail faz varias acusações falsas a pessoas de boa índole e bom caráter, que tem como fim a própria morte mesmo sendo inocentes, para enfim conseguir chegar ao seu objetivo: Ver Elizabeth ser atingida.

Em minha cabeça, nenhum ser humano normal consegue assistir injustiças a pessoas inocentes sem desejar que a mesma seja vingada, ou que os algozes sofram tudo que fizeram. A emoção mais forte que esse filme vai conseguir fazer você sentir, é a raiva. Raiva por não poder fazer nada para impedir que aquelas pessoas paguem por coisas que não fizeram, apenas para realizar o desejo de uma garota com o coração partido. São quase 3 horas de filme sentindo muita raiva e se espantando cada vez mais com as atitudes das garotas, sem acreditar que alguém poderia conseguir ser tão dissimulada a tal ponto . E é exatamente nesse ponto que o filme consegue ser tão maravilhoso e envolvente. Digo que é quase impossível alguém não se sentir envolvido por essa película. Algumas cenas como a simulação de ataque as garotas na igreja são de querer pular para dentro do filme e gritar a verdade para todo mundo.

Ao fim do filme, a gente se sente desgastado, e um pouco sem fé na humanidade, pois o que poderia ser apenas ficção não passa de realidade, e saber que existem pessoas iguais aquelas garotas vivendo perto de nós, nos fazem temer e nos sentir até tristes por não conseguir entender como alguém pode ir tão longe passando por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer.

Eu confesso que sou um grande fã de filmes que conseguem me fazer sentir QUALQUER tipo de sentimento, principalmente aqueles que não tenho costume de sentir no meu dia-a-dia, é tão bom poder se sentir coisas com uma película, coisas que você não está acostumado a sentir, independente se o sentimento é ruim ou bom. Essas películas são as que conseguem fazer nós seres humanos nos sentir vivos, e talvez um pouco vulneráveis.

O filme é maravilhoso justamente por despertar em nós esse incrível senso de justiça, essa raiva contra as pessoas malvadas, e a tristeza e pena pela morte das que não tiveram culpa. Com certeza está na minha lista de filmes preferidos, e eu dou 5 estrelas merecidas, pois tudo se encaixa perfeitamente bem!

Direção, Roteiro, Atuações, Historia.

A cada minuto do filme você vai se sentir mais preso e interessado no que vai acontecer depois.

E calma, se controlem para não voarem em cima das suas televisões! Hehehe

Espero que tenham gostado.

Critica feita por: Marcos Paulo Brito Duarte


Download para quem estiver interessado em baixar o filme:

http://www.4shared.com/file/116558217/b586c757/The_Crucible_1996.html

quinta-feira, 4 de março de 2010

''A troca''

Antes de mais nada, meu nome é Marcos.
A proposta desse Blog é postar criticas de cinema produzidas por mim, assim como o link para os interessados baixarem os filmes dos quais irei falar.
Não sou nenhum critico de cinema, nem jornalista, nem nada. Sou apenas uma pessoa comum com uma paixão, e quero aproveitar disso para me divertir, expor minhas opiniões, e recomendar produções das quais eu acho que valem a pena serem assistidas. Também irei alertar sobre aquelas que eu achei um lixo.
Espero que gostem.

O primeiro filme é: A troca.


A TROCA

Assisti a esse filme de Clint Eastwood sem nenhuma expectativa de que fosse me agradar, não que eu não goste das coisas que ele produz, muito pelo contrario.

Ainda não assisti a todos os filmes que ele já dirigiu, mas os que assisti me agradaram bastante, e ele mostrou que além de um bom ator também sabe dirigir um filme. Posso citar exemplos como: As pontes de Madison, Sobre meninos e Lobos, Menina de ouro, entre outros.

Eu estava sem expectativas para assistir ‘’a troca’’ simplesmente porque eu achava que ia ser mais do mesmo. Eu não tinha conhecimento da historia que o filme conta, e que por sinal é real, e achava que ela iria guiar por outro caminho completamente diferente pela qual o filme caminha. Grande surpresa, o filme não era nada que eu esperava que fosse, graças a deus. Me surpreendi com a historia de Christine Collins, que mesmo não esperando que um dia fosse virar uma heroína e ter um filme feito sobre a vida dela, acabou virando e se tornando mundialmente conhecida. Basicamente, o que aconteceu com ela foi que ela saiu para trabalhar e deixou o seu filho Walter sozinho em casa. Ao voltar do trabalho, o menino estava desaparecido, para o desespero dela. Após alguns meses de busca, a policia de Los Angeles aparece alegando ter encontrado o seu filho. O que ela não sabia, é que aquela criança que a policia dizia ser sua, na verdade não era. A partir daí começa a busca desesperada de uma mãe para conseguir provar a todos que a policia cometeu um erro e não quis se redimir, pois na época todos os olhares estavam apontados para eles por causa de seus atos corruptos, e nessas circunstancias assumir tal erro só faria piorar a sua imagem. Depois daí, as injustiças começam a piorar, e Christine Collins luta cada vez mais para descobrir a verdade e encontrar o seu verdadeiro filho.

O ponto que todos estavam ansiosos para ver com os próprios olhos foi Angelina Jolie. Será que ela será capaz de fazer bem-feito esse papel que exige tanto de uma atriz, para poder passar com realeza a dor de uma mãe por perder seu filho? A resposta é SIM. Ela conseguiu!

Dizer que Angelina Jolie não é uma boa atriz seria uma mentira deslavada, ela é sim uma atriz talentosíssima, o seu único problema é não saber escolher filmes que exigem dela todo o seu potencial.

O ultimo filme que a atriz atuou magistralmente, foi ‘’Gia – fama e destruição’’, e desde esse filme, ela nunca mais fez nada parecido até ‘’A troca’’.

Todo o potencial dela é explorado, nos proporcionando cenas de tirar lagrimas dos olhos, Raiva pelo sofrimento causado a ela, e torcida para que tudo dê certo no final. Jolie cumpre seu papel como a ótima atriz que ela é. É uma pena que em seu currículo não existam muitos filmes iguais a esse.

Nós podemos ver o quanto ela consegue passar exatamente a dor que uma mãe sente pela perda de seu filho, em cenas como a que a policia vai em seu trabalho para avisar que encontrou o menino, depois de meses de procura. Toda a alegria, se transforma em lagrimas, e as expressões de Jolie são tão verdadeiras que o telespectador se emociona junto a ela.

A troca é um filme com um potencial enorme, super bem dirigido, com uma historia real que todos deveriam ter conhecimento, e consegue cumprir o seu papel perfeitamente bem. Recomendo a todos que querem se emocionar e ver boas atuações na telinha. Até porque não são todos os filmes hoje em dia que conseguem fazer a gente se envolver e sentir na pele o que os personagens sentem.

Critica feita por:

Marcos Paulo Brito Duarte

Link para download